Tem muita gente resistente e sobrevivente, e da minha parte também, que sabe onde tudo começou por aqui, com suas músicas quente, nervosa, atraente, sensual e as garotas, digo as garotas mesmos, eram loucas por eles, estou me referindo aos Rolling Stones, nome da banda que saiu de uma música de Muddy Waters.
Mais simpáticos do que eles não tinham para ninguém, confusão atrás de confusão, letras que pegavam no lugar certo, na cabeça do freguês. Nada podia dar errado, e não davam mesmo certo, brigas dentro da banda, brigas fora da banda. Uma vez perguntaram em uma entrevista o que eles bebiam e Keith foi logo dizendo suco de laranja, e você Mick fuma? resposta: só a noite. Eles eram um caso perdido que só podia dar certo, e estão até hoje circulando pelo planeta.
Eles são a maior banda do mundo, suas prisões eram homéricas, seus amigos todos indecentes e marginais, cults, intelectuais e milionários. Em 1970 eram patrocinados por um perfume, com direito a Boeing 737. Todo ano tem eles correndo o mundo em tour. Entre Bob Marley e Peter Tosh adivinha com quem gravaram, criaram a maior festa de fanáticos e covers que já existiu nesta face do lado do Atlântico.
Aqui em Londrina tínhamos os Eles, muito conhecidos como Vupt Shoes, Paulinho Bertin o baterista tinha uns cinco álbuns deles, Saile só queria tirar as baladas, e Luiz o baixista era louco pelo Bill Wymann que certa vez tocou com uma guitarra de seis cordas tirando um bass mais base do que nunca.
A banda estava pronta, só tocavam no palco da Rádio Difusora em Londrina na Rua Santa Catarina e lotavam de garotas! O Made In Brazil em São Paulo com o Cornelius no vocal era o próprio Mick Jagger dos Stones, e a rodada estava feita o círculo de Lúcifer desceu a terra com muita categoria e luxo.
Por um bom tempo Mick foi considerado suspeito pela morte de Brian Jones o mais carismático e autor de grandes letras da banda, considerado o dono da logo Rolling Stones. Foi quem definiu que o álbum deveria se chamar Their Satanic Majesties Request, que caiu no agrado da dupla Mick & Richards uma homenagem ao selo que vem dentro do passaporte e de algumas garrafas de whisky.
A demora do álbum sair do estúdio foram as excessivas festas regadas a drogas e as prisões envolvendo a banda. Tentamos fazer uma programação que retratasse a festa que é esta banda por onde passasse. O final fica por conta de Cuba ao vivo, sejam felizes.