Bom dia ouvintes da rádio UEL FM e da rádio Alma Londrina, hoje o programa da Aintec vai falar sobre mulheres empreendedoras.
Assim como em muitas áreas profissionais, o setor de inovação tecnológica ainda é dominado pelos homens. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, as profissionais ganham 30% menos do que aqueles do sexo masculino nesse campo.
No entanto, essa realidade já começa a mudar, apesar da paridade entre homens e mulheres ainda estar longe do ideal. Na Aintec, por exemplo, as mulheres já encabeçam quatro projetos incubados na Intuel, a Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL.
São os casos da Gabriela Vieira da Silva, diretora da Agribela; Mariane Okimoto, sócia da Chimera Games; Rosangela Conte Silva, da Acqua Conte; e Karina Milani, sócia da Rhizotech.
A Agribela é uma empresa voltada ao agronegócio, mais especificamente ao manejo integrado de pragas agrícolas, com foco no controle biológico.
Para Gabriela, sócia da empresa, ainda existe o preconceito em relação aos papeis dos homens e das mulheres. Para a sociedade, o homem é quem cuida da lavoura e a mãe da família. No meio tecnológico, Gabriela ainda sente que é difícil para os homens aceitarem que as mulheres estão trazendo novas informações e tecnologias.
Também no setor agrícola está a Rhizotech, que atua no campo de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para diminuir os custos de produção por parte dos agricultores e os impactos ambientais causados pelo uso de fertilizantes minerais industrializados.
Assim como as duas empresas citadas, a Acqua Conte atua na área de meio ambiente, porém com o objetivo de minimizar os efeitos das enchentes nas cidades através de um Infiltrador de Água. O produto capta as águas pluviais e realiza o processo gradativo de infiltração delas no solo.
Já na área dos games está a Chimera, que desenvolve jogos virtuais educativos, aliando conceito e tecnologia.
Das 13 startups incubadas na Intuel, essas quatro empresas são lideradas por mulheres. O caminho ainda é longo, mas é preciso atingir um nível de igualdade de gênero, como o apresentado pela pesquisa do GEM de 2015, que mostra que, no âmbito do empreendedorismo brasileiro, 21,7% dos empreendedores são homens e 20,3% são mulheres.
Afinal, foram elas que criaram o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina, o primeiro software de computador, entre tantas outras invenções tão importantes em nosso dia a dia. Reconhecer os feitos de uma mulher em igualdade ao reconhecimento do trabalho dos homens é reconhecer a nossa própria história e os avanços da sociedade.
Uma maneira de mudar essa realidade é incentivar empresas por meio de políticas de diversidade para minimizar as diferenças salariais e o próprio reconhecimento entre homens e mulheres. O mercado e a sociedade já buscam pela igualdade e as empresas precisam responder a isso.
Nossa coluna sobre Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo termina aqui. Programa da Aintec. Produção e locução: Mariana Paschoal e Gravação de João Lopes, da rádio UEL FM.