Novo método para detecção rápida de formol no leite

FormolFree

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) recebe em junho os primeiros royalties advindos da transferência da tecnologia “novo método para detecção rápida de formaldeído em leite” ao setor produtivo. Esse é o primeiro caso de recebimento de royalties da UEL e foi intermediado pela Agência de Inovação Tecnológica da Universidade (Aintec), conforme prevê a Lei de Inovação.

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Tecnologia e Inovação
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Tecnologia e Inovação - 18/06/2018
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A tecnologia, desenvolvida pelo Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Lipoa) da Universidade começou a ser comercializada há menos de um ano graças à cooperação tecnológica entre a Instituição e a empresa Londrilab.

A transferência de tecnologia é uma das funções da Aintec, que possibilita aos pesquisadores da universidade inserirem no mercado produtos e serviços criados por eles dentro da UEL. “Este processo foi o primeiro inteiramente providenciado, realizado pela Aintec, o que demonstra a capacidade de conhecimento instalada na nossa Agência para dar pleno suporte às demandas semelhantes que virão”, declara a reitora da UEL, Berenice Jordão.

Como esse foi o primeiro caso da Agência, a equipe do Escritório de Transferência de Tecnologia (ETT) preparou tudo para que futuros licenciamentos também fossem possíveis. “Estudamos toda e legislação e as resoluções internas da UEL da falam sobre o tema”, explica a coordenadora do ETT, Isabela Guedes.

A Resolução do Conselho de Administração da UEL nº 251/2003, por exemplo, prevê a destinação de 10% do faturamento bruto resultante de comercialização do objeto da propriedade intelectual. De acordo com o contrato firmado entre a UEL e a Londrilab, o pagamento dos royalties é feito a partir da primeira comercialização e efetuado em base semestral referente às vendas brutas do semestre anterior.

Segundo Clodoaldo Trainotti, sócio da empresa, as primeiras vendas começaram 90 dias após a oficialização da transferência. “Nesse tempo levantamos os utensílios, equipamentos, embalagens, rótulos e documentação necessários para colocar o produto no mercado”, explica. Desde então, se passaram dez meses de comercialização que resultaram na venda de 60.600 análises que representa aproximadamente R$ 87.700 em valor bruto.

O produto

A tecnologia é vendida com o nome de FormolFree pela Londrilab em frascos de 100 e 250 ml. Cada miligrama representa uma análise que sai em torno de R$ 1,45. Com apenas uma análise é possível detectar a presença de formol em tanques (cerca de 10 mil litros) inteiros de leite.

O principal diferencial do produto, segunda a coordenadora do Lipoa, Vanerli Beloti, é a velocidade com que ele analise as amostras de leite. “O teste oficial, utilizado atualmente, detecta formol a partir de uma hora e meia. O desenvolvido por nós leva no máximo cinco minutos”, explica a professora.

Atualmente, o FormolFree já é comercializado em industrias de lacticínios do estado de São Paulo e dos estados da região sul.

Conquista da UEL

“Ter uma empresa parceira de um laboratório na universidade é importante porque quando começamos as pesquisas para criar um produto novo, muitas vezes não dá certo e ele fica parado na instituição”, comemora Vanerli que também celebra o fato de ter conseguido oferecer à sociedade algo que ela tanto precisa: a garantia de produtos lácteos saudáveis, sem a presença de formol.

Para Trainotti, a função social dessa parceria também é motivo de celebração: “pra nós como, empresa londrinense, poder fazer parte dessa conquista da maior universidade da nossa cidade é um privilégio”, afirma.

“Trabalhamos duro para fazer com que instituição e sociedade andem juntas, em benefício mútuo e ver a Universidade possibilitando essa transferência de conhecimento é muito recompensador. Me sinto muito feliz”, também comemora a reitora.

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