Peça aborda experiências de trans e travestis

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Nesta quinta feira estreia a peça “Transtornada Eu”, produzida pela Companhia Translúcidas de Teatro. O espetáculo é o resultado de uma série de experimentações teatrais realizadas através de oficinas desde julho de 2016 em parceria com o Coletivo ElityTrans Londrina.

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Jornalismo Cultural - 25/01/2018
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Por Giovanni Tagliari

Foto divulgação

Nas oficinas eram encenadas vivências e histórias vividas por transexuais e travestis que compõe o Coletivo. Desta forma o intuito era abordar as experiências, a partir das potencialidades, vivências e questionamentos compartilhados pelos membros do coletivo, e criar uma peça em conjunto com os atores e atrizes onde estes se vissem representados no caráter autoral da obra e no cotidiano da sua realidade.

“Transtornada eu”, encenada em um barracão, convida a plateia a assistir as diversas cenas em vários locais diferentes do Canto do MARL, onde será realizada a apresentação. O objetivo da peça é aumentar a consciência das pessoas para os problemas e as experiências vividas por transexuais e travestis. Para o diretor da peça, Hebert Proença, dar essa visibilidade é muito importante. “objetivo é trazer visibilidade pra esses modos de vida singulares, pras formas de violência que são cotidianas, pras formas de resistências que são inventivas que são potentes como é o caso das expressões trans que tem uma teatralidade’, destacou ele..

Outro objetivo das oficinas e da peça era aumentar a participação da comunidade LGBT de Londrina no Coletivo Elitytrans. Grupo formado em 2012 para aumentar a representação política e trabalhar as questões sociais como saúde, segurança, e na defesa dos direitos de homossexuais, bissexuais, transexuais e travestis.

Melissa Campus, fundadora do Coletivo e atriz do espetáculo, destaca a importância da peça não só para comunidade LGBT, mas também para o caráter autoral e pessoal da participação dela na peça. “Para nós é muito gratificante poder ocupar esse espaço, um espaço que é das artes, um espaço que traz uma outra forma de também renovar o discurso, a militância, mas também trabalhar questões pessoais que eu acho que é importante, para que a gente possa melhorar e se tornar pessoas melhores. O teatro também ajuda a curar o mal que a opressão sobre os nossos corpos e a nossa existência nos faz”, disse Mel.

A peça começa às 20:30 no Canto do MARL, que fica na Avenida Duque de Caxias 3.241. A segunda apresentação acontece na sexta-feira dia no mesmo horário. A entrada é gratuita com contribuição espontânea. Como o público é convidado a transitar durante a peça, as entradas são limitadas a 50 senhas, portanto é necessário chegar a partir das sete meia da noite no local.

Mais informações no podcast no início da matéria.

 

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