Giovanni Porfírio
Última noite de shows do Palco Alma reuniu grandes nomes da música local e nacional
E chegou ao fim mais uma rodada de shows do Palco Alma Londrina, com quatro apresentações realizadas durante o ano. Vários ambientes da cultura londrinense foram ocupados, como a Vila Cultural Kinoarte, a Vila Cultural Alma Brasil e o Centro Cultural Sesi. A iniciativa é da Alma Londrina Rádio Web, em parceria com a Lei Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC).
No último sábado, por conta do mau tempo, o evento que seria na Concha Acústica teve que ser transferido para o Centro Cultural Sesi, o que não impediu que uma grande festa ocorresse. Quem abriu os trabalhos no último Palco Alma do ano foi a Gold Soundz, que levou ao público uma mistura de gêneros distintos e contemporâneos. Thiago Moreira, um dos integrantes da Gold Soundz, aproveitou para fazer um balanço do evento este ano. “Acho que o projeto Palco Alma é muito importante para Londrina, para a cena de Londrina, tanto musical quanto, quanto cultural. Porque a gente acaba colocando bandas que, na verdade fazem uma mistura de gêneros né1 No Palco Alma você já viu reggae, dub, indie rock, samba… Então a gente mistura bastante. E isso é legal porque é a origem da música”, disse.
Em seguida, subiu ao palco a banda londrinense Vulgar Gods, que agitou a plateia ao misturar várias vertentes do rock, além de adicionar ao som elementos de outros gêneros. Suy Bernardi, vocalista do grupo, falou da importância do evento para a cena cultural da cidade. “Eu acho que isso deveria acontecer muito mais, principalmente em Londrina que tem bandas muito boas autorais e muitas vezes não tem espaço adequado, muitas vezes não tem eventos legais próprios para a música autoral, então é maravilhoso”, disse a cantora.
A terceira banda da noite foi a paulistana Inky, com uma mistura de rock e sintetizadores. O quarteto paulistano já rodou a Europa e esteve em Londrina para mais uma apresentação. Luiza Pereira, vocalista do grupo, diz que gosta de tocar em locais fechados. “Por mais que o som seja pesado e dançante, eu gosto de ver as pessoas sentadas, porque eu acho que rola uma vibe, meio em choque curtindo assim… Eu gosto, foi muito legal. Curti muito, a gente nunca tinha tocado por aqui, eles foram muito receptivos, acho que a galera tava curtindo”, disse a vocalista.
Para fechar a noite de apresentações, a banda pernambucana Mundo Livre S/A colocou o público do Palco Alma para dançar. O grupo, um dos fundadores do Manguebeat, já possui mais de 30 anos de carreira e sete discos lançados. Em Londrina, veio divulgar seu primeiro DVD, chamado “Mangue Beat ao Vivo”. O vocalista Fred Zero Quatro conversou com a gente após o show e falou da experiência em tocar na cidade. “Toda a energia, desde o início do show, a galera em pé, dançando, cantando junto. Porque a questão de tocar em teatro, com as cadeiras ali, tem sempre essa tensão em saber se a galera vai apreciar o show, se vai participar, se vai curtir… Então a galera se levantou antes mesmo do show começar e curtiu até o bis… Foi incrível, uma noite inesquecível aqui. E foi legal que a gente tava querendo mesmo celebrar o aniversário de Londrina com algo bem marcante mesmo”, disse o cantor.
O Palco Alma Londrina volta em 2017 com shows que democratizam a cultura musical e destacam bandas do cenário nacional independente, dando espaço para bandas autorais de Londrina e de todo o Brasil. Do samba à MPB, do DUB ao Maracatu, da web para os palcos! Até o ano que vem!
Foto: Rei Santos/Palco Alma