Por Giovanni Porfírio
Com público diversificado, Encontro de Contadores de Histórias conta como financiamento coletivo ajudou no projeto
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A Rádio Alma Londrina conta mais uma história sobre artistas daqui de londrina que usaram o financiamento coletivo como uma alternativa para iniciar ou concluir algum trabalho. Na última reportagem, você conheceu a história da banda Busker Denim, que conseguiu lançar seu disco com a ajuda do público. Nesta matéria, você conhece um outro projeto realizado aqui na cidade, É o ECOH: Encontro de Contadores de Histórias. Uma das organizadoras, Cláudia Silva, conta como funciona o projeto:
“É realizado desde 2011, estamos na sexta edição. Temos um público bem diversificado, a gente vai para as escolas, mas a gente também faz apresentações no Teatro, em praças, nas bibliotecas públicas de Londrina, a gente acaba atingindo um público grande e diversificado. Muitos alunos e professores também. A gente faz oficinas para quem quer aprender a contar histórias.”
Cláudia conta como foi recorrer ao financiamento coletivo:
“Desde a primeira edição foi feita com patrocínio do PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura). Em 2015, a gente não conseguiu em função de um problema burocrático, e para não deixar de fazer o evento, fizemos o Financiamento colaborativo. Foi uma experiência super legal, porque deu certo, as pessoas abraçaram a ideia e foi ótimo. Mas ao mesmo tempo a gente fez um evento menor, tivemos que cortar muita coisa, porque como era a primeira vez que a gente estava fazendo, a gente quis fazer pequeno para realmente conseguir atingir. No ano anterior, a gente tinha feito o evento com 60 mil, ano passado foi feito com 15”.
A organizadora conta como está o projeto atualmente:
“Esse ano a gente já está com PROMIC de novo, o evento vai ser realizado em agosto de 2 à 14/08. A gente já está trabalhando, foi feito um edital público, já estamos selecionando os grupos. Enfim, agosto a gente tá firme e forte aí.”
Cláudia dá algumas dicas para quem deseja entrar no financiamento:
“Acho que uma dica para quem quer fazer o financiamento coletivo é parar e pensar a questão do valor, fazer realmente o que você acha que tem “perna” para conseguir… E tem que pensar uma divulgação, a divulgação da campanha é tudo. A gente trabalhou bastante, fomos atrás de pessoas que poderiam se interessar, enfim, fizemos um corpo a corpo através de Facebook, outras redes sociais. É uma campanha, tem que batalhar para conseguir. Mas deu certo, a gente agradece imensamente, tivemos uns apoios legais, de escolas de Londrina, como a escola Apoena, o SETA, o Sindicato dos Professores das Escolas Particulares de Londrina, enfim, a gente teve uma rede de apoio que foi fundamental para decidir e pra gente conquistar o objetivo.”
Ela reforça o papel do público na organização:
“Muita gente se envolveu. A gente fez uma festa para arrecadar fundos, muitos contadores de histórias de Londrina, músicos, artistas participaram voluntariamente, e com isso a gente conseguiu não só divulgar a campanha como ainda levantar uma grana na própria festa. Enfim, é uma reunião de fatores que acabam fazendo funcionar. Mas foi muito gratificante, muito legal, em especial saber que a sociedade abraçou o projeto, batalhou para que ele se realizasse. Isso dá um gosto muito bom, satisfação grande, porque confirma o que a gente tá fazendo está no caminho certo!”
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Foto: Valéria Felix