Por Vitor Struck
O momento é mais do que oportuno para desvendar um pouco das músicas deles, claro, sem aquela pretensão de ser uma crítica musical. O fato é que esse som “misturadão” da Montauk vai colorir o novíssimo palco do teatro Mãe de Deus, nesta sexta, e o show promete.
De 2012 pra cá o sexteto de folk-rock londrinense Montauk já se apresentou em diversos festivais, como o Demo Sul e o Festival Alternativo de Londrina, lançou quatro clipes muito bem produzidos que totalizam 120 mil views no youtube e viabilizou o EP “Faça Crescer Todas as Flores” através de uma campanha de financiamento coletivo..
Somente estes feitos já poderiam fazer com que quem ainda não conhece o trabalho dos “xovens” Fernando Abreu (vocal e guitarra), Paula Stricker (vocal), Vini Gimenez (bateria), Rafael Silvaro (baixo), Giovani Nori (guitarra) e Wagner Barbosa (teclado), parasse para escutar com atenção. Mas, vai muito além disso o que nos faz – ou deveria fazer – parar pra ouvir e sacar as escolhas da banda.
O vocal dos dois, intimista, declamando belas poesias, como em “Cinza”, revelam a sensibilidade do idealizador do projeto, Fernando Abreu. Por conta disso nós decidimos fazer uma entrevista diferente com eles, uma “escuta comentada”, com o perdão da definição tosca. Confira o som e os “insights” que a música traz ao Rafael Silvaro, baixista da Montauk.
Em “A Janela”, um dos primeiros singles, uma série de acertos que partem de uma ideia principal guiada pelo violão e com um baixo pulsante e contínuo, revelam as influências roqueiras da banda. A música surpreende com uma convenção muito forte que antecede uma quebra de estilo, quando, brevemente, lembra um baião e volta a ser folk. Tudo muito bem temperado com o timbre do acordeon. Confira o comentário do Rafael.
Outro som que a banda destaca é a acústica “Mobília”, uma metáfora sobre a vida. Não esqueça do fone e vida longa aos sons de Londrina!!