Essa semana o Marginália fala sobre a cultura pela visão do semiólogo, antropólogo e filósofo colombiano Jesús Martín-Barbero.
Para ele, o mercado não pode sedimentar tradições, pois tudo o que se produz, desmancha no ar. Devido a sua tendência estrutural a uma obsolescência acelerada e generalizada não somente das coisas, mas da sua e das instituições.
O mercado não pode criar vínculos societários, isto é, entre sujeitos, pois estes se constituem nos processos de comunicação de sentido, e o mercado opera anonimamente mediante lógica de valor que implicam troca puramente formal, associações e promessas evanescentes que somente engendram satisfações ou frustrações, nunca, porém, sentido.
O mercado não pode engendrar inovação social, pois esta preto com indiferença e solidariedade não funcionais, resistência e dissidência. Quando aquele trabalha unicamente com rentabilidade.
Na playlist o som de Velvet Underground, Nico, Nick Drake, Neil Young, The Smashing Pumpkins, Cowboy Junkies, Leonard Cohen, Nine Inch Nails, Violent Femmes e The Jesus and Mary Chain.