Se não posso dançar, não é a minha revolução

Essa semana, o Marginália vem com um playlist de clássicos da música popular brasileira dos anos 60 e 70.

Nesse momento em que milhares de vozes entoam golpe, assistimos anestesiados a professores e estudantes em confronto direto com a polícia, a perda de muitos direitos trabalhistas adquiridos, e um descaso cada vez maior com a educação.

https://youtu.be/dqa-SqNd5LY

Vivemos um momento semelhante ao que o país passou nos anos de chumbo, e novamente a maioria da população se isenta de participar, mas pior, de entender melhor tudo que acontece no país.

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Em meio a isso, vozes gritam revolução, mas uma revolução se constrói no berro? Se vivemos uma época de golpe, também vivemos uma época de doutrinação. De defesas de causa em nível de torcidas organizadas.

Os discursos são cada vez mais calorosos e, na proporção em que se aumenta o volume da voz, diminui-se a possibilidade de ser ouvido. Quanto mais certezas absolutas possui o emissor, menos o receptor comunga com o que é dito.

E la nave va.

E já que Trump é presidente, Bolsonaro é candidato, Hillary é a mulher da guerra, Temer dá medo, e o comunistas berram, só nos sobra dançar, porque, como já dizia Emma Goldman, definitivamente… se não tem dança, essa não é a minha revolução!

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