Um pequeno elogio à loucura

Essa semana o Marginália fala sobre a loucura ao som de G G Allin, Wesley Willis, Syd Barrett, Daniel Johnston, Brian Wilson, Damiao Experiença, Arnaldo Baptista, Guilherme Lamounier e Eddie Vedder.

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Em sua maioria, esses artistas tem em comum o diagnóstico de distúrbios psíquicos que reconhecidos pela sociedade como loucura. Mas afinal, o que é um louco? Para Deleuze a loucura é nosso principal tempero na personalidade, ele afirma:

O verdadeiro charme das pessoas reside em quando elas perdem as estribeiras, quando não sabem muito bem em que ponto estão. Não são pessoas que desmoronam, pelo contrário, nunca desmoronam. Mas se não captar a pequena marca de loucura de alguém, não pode gostar desse alguém. É exatamente este lado que interessa. E todos nós somos meio dementes. Se não captar o ponto de demência da pessoa, eu temo que… aliás, fico feliz em constatar que o ponto de demência de alguém seja a fonte do seu charme.

Foucault, influenciado por Nietszche, faz ainda uma genealogia da loucura com um novo modo de analisar o Insano, ou seja, não será por uma via médica especulativa e neurológica e nem mesmo por uma via psicológica, mas sim, por uma ótica, da qual, busca-se a raiz da patologia mental na história das relações humanas.

Entre artistas consagrados, são inúmeros os grandes gênios diagnosticados loucos pela medicina, como Edgar Allan Poe:

Homens me chamaram de louco; mas a questão ainda não está definida, se loucura é ou não é a sublime inteligência – se muito disso é glorioso – se tudo isso é profundo – não emerge da doença ou do pensamento – dos humores da mente exaltada às expensas do intelecto geral.

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