Para abrir os caminhos, requebrar o esqueleto o convite hoje é arrasta o sofá e as cadeiras e vem dançar. Vivemos um período de isolamento social e podemos encontrar ai playlist de todos os tipos para ouvir, ver, ler… A Hora do Sabbat sempre traz uma variedade de conteúdos, mas hoje vamos ouvir música para dançar. Selecionei 25 músicas divididas em 8 blocos, saca só:
Cabloca Exu de Doralyce com participação de Bia Ferreira, essa música ouvi ouvi ao vivo no show PretaLeveza recentemente e fiquei impactada, tocada. A canção fala do Orixá Exu, que é o abridor de caminhos, temido pelos ignorantes e deturpado pela branquitude, quem conhece Exu respeita.
https://radiopublic.com/hora-do-sabbat-GMNVQl/s1!9ab91#t=326
O primeiro bloco foi um momento de celebrar a minha ancestralidade através de canções que minha mãe costumava cantar, ela que já virou estrelia no céu há um bom tempo, deixou um disco com gravações caseiras. Ouvimos Helen e os Hooligans interpretando Kiss do Prince, Hoje é o p1° dia do resto da sua vida, da rainha Rita Lee e fechando com Middle of the road da banda inglesa The Pretenders. Para mim uma trinca implacável quando falamos em aumentar o som e dançar!
Eu estou apaixonada e tomei como referência no fazer artístico e político as mulheres Bia Ferreira, Doralyce e Preta Ferreira, as três, cada uma traz uma pauta sobre a mulher negra, falando de antirracismo, tecnologia do amor e luta por moradia. Escolhi De dentro do ap, da Bia, Festa Boa música nova da Doralyce e Minha carne da Preta Ferreira. Quando as ouço penso que a música feita por mulheres tem trazido a realidade social sem ficar botando panos quentes nas desigualdades, discriminação e racismos que o povo negro sofre em plenos 2020.
Na sequência ouvimos Drik Barboza feat Attoxxa uma mistura peculiar de uma rapper com o grupo de pagode soteropolitano, Tentação é o som, uma surpresa interessante. De Lua, mais um som de Karola Nunes, uma cantatura de Mato Grosso que estamos descobrindo em seu primeiro álbum Somos Som e pra fechar esta sequência, Gali feat Aíla na canção Fluxxo que fala da mulher do futuro com muito sotaque caipira. Gali assume agora suas raízes e para além da sonoridade exalta a cultura do sertanejo! Aguardem que ela ao lado de Gabeu estão a frente do 1° festival de sertanejo sem preconceito, isso mesmo Fivela Fest é o primeiro evento gaynejo do Brasil.
Fechando com Sou Yabá de Luiz Lian, lançamento da carioca MC Zuleide com Olhando pra você e Karola NUnes com Ta vendo seu moço e uma de nossas favoritas Iarinhas, Ina Iê trazendo sua voz doce com a música Cura, Miranda Kassin e sua balada Fudeu, Amarillis num projeto de combate a violência contra à mulher numa musica colaborativa com artistas da América Latina intitulada Violência Basta e, finalmente, Mariana Furquim com a música Ciranda para Janaína do seu primeiro álbum Princesa de Aiocá.
Chegamos a uma parte mais quente do programa com o grupo pernambucano Arrete, um trio de minas que são arretadas mesmo! E trazem na atitude iniciativas realmente inclusivas, seu material de divulgação também é disponibilizado em braile. Aíla, uma Deusa do Pará que traz sempre a discussão da liberdade, do corpo livre. Teve mais Bahia na lista, Aiacê com seu single Pra Curar que foi lançado no final de 2019, mais uma cantautora que conheceu a Hora do Sabbat na SIM SP 2019.
Um das já consagradas como os hits de 2020, Cubana da Bivolt que apavorou nesse disco recém lançado! Seguida por Proveito, uma canção de sensualidade e latinidade da maravilhosa Luedji Luna e fechamos com outra Deusa, Xênya França Pra que me chamas, trazendo esse energia que faz o corpo sacudir na sala de casa!
Fechando com Sou Yabá de Luiz Lian, lançamento da carioca MC Zuleide com Olhando pra você e Karola NUnes com Ta vendo seu moço e Érica Martins com a Curi. Segue no instagram @horadosabbat