Se junho é da visibilidade LGBTQIA +, julho é das pretas, das ameríndias latino americanas e caribenhas. O dia 25 de julho envolve muita energia, é o dia fora do tempo, dia que se celebra a rainha do quilombo quariterê, Tereza de Benguela. E é este o tema do episódio 25, temporada 5, aperta o play.
É por isso que a Hora do Sabbat celebra o o julho das pretas e o dia da mulher negra, ameríndias e latino-americana e caribenha. Porque é missão assumida fortalecer o espaço de expressão, visibilidade das mulheres arteiras e fazedoras. Além de abordar uma série de conteúdos, muita música nesta revista radiofônica feminista!
Nesta 23ª edição, a pluralidade de vozes mais uma vez se faz presente, saca só:
A revista traz a leitura do livro Filha do fogo, 12 contos de amor e cura, a leitura da semana foi “Antes que as águas da cabaça sequem” conto dedicada às mulheres pretas rastas, fala sobre o cabelo, ”Cabelo oprimido é um teto para cérebro” essa reflexão que liberta tantas mulheres pretas da servidão do alisamento! De se enquadrar no padrão de beleza ocidental!
Gritaram me Negra, poesia de Victória Santa Cruz que também é uma arteira e fazedora, compositora, coreógrafa e desenhista, expoente da arte afroperuanada. Frases que percorrem a trajetoria de identificação e aceitação da identidade negra. Texto que impacta a branquitude com a raiz do racismo estruturado. A canção-poema é uma demonstração de luta pela afirmação, tornando-se ferramenta contra o racismo em diversos países, inclusive no Brasil.
O Dia da Mulher Negra foi instituido em tributo à Tereza de Benguela, foi escrava e uma das grandes heroínas da história do Brasil. Ela era rainha do quilombo de Quariterê, um dos mais democráticos do século XVIII, que segundo historiadores brasileiros. Tereza, como muitas mulheres negras revolucionárias, foi capturada, assassinada e teve sua cabeça exposta em praça pública.
Observe, o tempo passa, as pessoas são outras, mas os fatos se repetem…
Marielle Franco presente, a vereadora carioca faria aniversário no próximo dia 27 e sempre se manifestou no dia 25 reivindicando uma vida digna para as populações pretas, pobres e periféricas.
Ainda na linha das colunistas:
Vitória Pacheco na coluna Minas de Ouro do Hip Hop relata a trajetória de Camila CDD no RAP. Na sequência tem Nó na garganta, um podcast sobre choro produzido pelo Desvio Padrão Coletivo. Neste episódio traz entrevista com Roberta Valente que conta sobre os desafios ca carreira de instrumentista no mundo do Choro. Ah! E não se assuste com a voz masculina presente.
Em O Feminino na Arte, Carlota Cafiero fala sobre Erotismo, não do pornográfico. O foco é nos deuses Eros, o cupido e Pan, o cupido e o diabo. Traz relações entre representações visuais da Bíblia e da mitologia com nossas pulsões de vida, sexo e morte, além de revelar que a brutalidade e a misoginia são comportamentos cohecidos desde a Grécia Antiga. Já passou da hora de modificarmos esses padrões.
O que não falta é música confere as artistas e as respectivas músicas:
Lançamentos da semana com >>
Ana Cañas – Alucinação, Karol Conká – Mal Nenhum, Souto MC & Dj Caique – Talismã, o feat incrível d’As Baías com Mc Rebecca e Tassia Reis – Coragem, a diva Liniker – Paralelas (música Original da série Amazon Manhãs De Setembro), Izzy La Reina – Diabla (para contemplar as latinidades), Orquidália – Panfletária e Dua Lipa – Love Again. Ainda na seleção, mais canções maravilhosas como Feeling Good – Nina Simone/Lauryn Hill, Doralyce – Para de Apontar o Dedo (feat. Edgar), Daniela Mercury – Ilê Pérola Negra, Anelis Assumpção – Song to Rosa e Iná Ie e o hit pandêmico Eu não Aguento mais.
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