Essa semana o Marginália, seguindo a série de programas sobre pensadores contemporâneos, fala da emergência do popular nos movimentos anarquistas sob a visão de Jesús Martin-Barbero.
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Para esse autor, a concepção anarquista do popular situa-se a meio caminho entre a afirmação dos românticos e a negação dos marxistas.
Se para o movimento libertário o povo se define pelo enfrentamento estrutural e luta contra a burguesia, também negam a identifica-lo como proletariado no sentido que o termo tem para o marxismo.
Pois para eles essa relação não se dá apenas com os meios de produção mas com a opressão em todas as suas formas.
De Proudhon a Kropotkin, mas também de Tolstói, a estética anarquista retira seu projeto de reconciliar a arte com a sociedade, com o melhor da sociedade que é a sede de justiça que lateja no povo.
Para eles, o que autentica uma arte é sua capacidade de expressar a voz coletiva.
Na playlist o som dos cantores Neil Diamond, Neil Yong, Bob Dylan, Eddie Vedder, Joe Cocker, Leonard Cohen, Lou Reed, Tom Waits e Zucchero.
Foto: José Eustáquio Neves de Paula