Meu tempo é quando

O programa Marginália dessa semana analisa a questão do homem e do tempo ao som de Systema Solar, Soema Montenegro, Camila Moreno, Elza Soares, Juana Molina, Lila Down, Yazalú, Perota Chingó, Tonolec e Frontline Guerrilla Sonora.

Vivemos em um tempo em que a lógica da fábrica se ramifica por todo tecido social.. Para além da fábrica, essa lógica de produtivismo, eternizada no filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, também se manifesta determinando a vida social em espaços de produção que atravessam a linha de montagem.

Nas farmácias, vendedores são obrigados a baterem metas. Precisam vender a todo custo. Se o comprador levar apenas o remédio (droga) necessário, não se consegue “bater meta”… é necessário perguntar (como se estivesse em uma quitanda): “Só isso? Não quer levar mais alguma coisa?”

O sorveteiro, aquele bom velhinho, brutalmente explorado, mas que faz a alegria da garotada (e dos grandões também), não está salvo desta lógica! Pois “só ficarão na nossa equipe de vendedores aqueles que forem mais ativos”! Sem moleza, tem que atingir as metas também.

Num mundo de metas nos tornamos escravos do tempo. Do cotidiano. Da repetição da vida. Da corrida até a morte.

Texto completo: http://www.carosamigos.com.br/index.php/artigos-e-debates/5941-a-fabrica-para-alem-da-fabrica

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