Esta edição do Estação Memória apresenta um pernambucano que se tornou referência no rádio paranaense. Nascido em Garanhuns (PE), em 2 de julho de 1954, Edson Moraes mudou-se com a família para São Paulo com quatro anos de idade. Na década de 1960, os Moraes decidem seguir para o oeste do Paraná, onde o processo de colonização era crescente. Conseguem um pedaço de terra no município de Nova Aurora, em 1964.
Trabalhando no campo e estudando na cidade, nos fins de semana Edson dedicava-se ao futebol amador, participando como boleiro de vários campeonatos de várzea. Com 15 anos, tornou-se locutor de corneta, circulando de jipe pelas ruas para divulgar promoções de lojas e estreias de cinema. Aos 19 anos, saiu em busca de trabalho em Cascavel, cidade-polo da região. Trabalhou como mecânico e tecelão, mas poucas semanas depois decidiu voltar para o campo. Enquanto aguardava a chegada do ônibus na rodoviária, ouviu os anúncios no sistema de alto-falante, visitou o estúdio e conseguiu o primeiro emprego regular como comunicador.
A experiência nos anúncios de embarque e desembarque o levou à Rádio Colmeia de Cascavel (PR) em 1975, primeiro como colaborador e plantonista. Nos anos seguintes, passa a ser repórter esportivo e consolida-se como narrador em 1978. De 1979 em diante, divide o trabalho no rádio com a apresentação de telejornais da TV Tarobá (Rede Bandeirantes). Chegou a trabalhar na TV Carimã (retransmissora da CNT), mas voltou para a Tarobá em 1988, onde continua até o momento.
Conhecido pela voz grave, Edson cobriu várias temporadas do Campeonato Paranaense e também jogos decisivos dos campeonatos Paulista e principalmente Gaúcho (o oeste do Paraná possui grande contingente de imigrantes do Rio Grande do Sul). Uma parceria com a Rádio Cidade de Curitiba o fez cobrir a Copa do Mundo no México em 1986. Atualmente coordena a equipe de esporte da Rádio Colmeia de Cascavel e apresenta um programa diário de variedades chamado Balançando o Bangalô. Edson Moraes casou-se com Cleusa Aparecida de Moraes em 1978 e tem dois filhos. A pesquisa e entrevista são de Emerson Dias.
Foto: Jackson Gondim