Artistas fascistas?

O podcast The Trip chega ao terceiro episódio pela Alma Londrina Rádio Web com mais um tema polêmico: artistas fascistas? Por meio de demonstrações das mais diversas, sempre citando as fontes pesquisadas e fornecendo referências aos ouvintes, Rodrigo Adonai trata do assunto e faz reflexões.

Confira o podcast:

The Trip
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Artistas fascistas?
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Por Natália Araújo da Fonseca e Rodrigo Adonai.

Olá, pessoal! Hoje, falaremos sobre cantores que, em algum momento, já demonstraram por meio de suas falas e/ou atitudes flertar com o Fascismo. Falarei de alguns, pois existem vários. Esses que irei citar são os que mais fiquei chocado em saber de tais ideais, são eles: Phil Anselmo, Tom Araya, Morrissey, Johnny Ramone e David Bowie

Nesse episódio, nosso foco recairá nos cantores internacionais, mas mencionaremos brevemente dois artistas brasileiros que também nos causaram muita decepção, após saber que, hoje em dia, suas ideologias são bem diferentes das que eles demonstravam defender antigamente, pelo menos era o que aparentavam.

Phil Anselmo

Bom, de prima vamos viajar rumo aos EUA, pois irei falar de Phil Anselmo. De acordo com o site local Stuff.co.nz, as apresentações do vocalista do Pantera foram canceladas devido ao incidente em que ele fez uma saudação nazista e gritou “orgulho branco”, ou seja, white power no Dimebash de 2016, evento realizado na Califórnia, Estados Unidos. 

A imagem com o gesto repercutiu pelo mundo todo, embora Anselmo tenha dito que foi apenas uma brincadeira por ter bebido vinho branco no camarim, negando qualquer afinidade com a ideologia neonazista, e culpando “o falso jornalismo na comunidade metal” pela cobertura do caso.

Tom Araya

Tom Araya geralmente demonstra alguns traços fascistas de um jeito mais suave, digamos, pra, quem sabe, os fãs aceitarem melhor as suas ideologias. O Tom é o frontman do Slayer.

SAN JOSE, CA – AUGUST 26: Tom Araya of Slayer performs during the band’s “Final Tour” at SAP Center on August 26, 2018 in San Jose, California. (Photo by Tim Mosenfelder/Getty Images)

Criada por conservadores, a piada alfineta liberais afirmando que, “se um conservador não gosta de armas, ele não compra uma”, e, “quando um liberal não gosta de armas, ele quer que todas as armas sejam proibidas”. Com a mensagem, que enumera diversas outras divergências, Araya incitou fãs a darem sua opinião demonstrando de que lado estão no espectro político.

Johnny Ramone

Bom, galera, e já que estamos nos EUA vamos falar agora do Johnny Ramone. O Joey Ramone não simpatizava muito com Johnny por uma série de motivos. Um deles é que Joey era da esquerda e o Johnny era da extrema direita, e outra galera, não tem como fugir muito da treta quando os ideais são de quase opostos extremos. O Johnny é um cara que flertava com a supremacia branca, foi acusado de bater na mulher e de ter atitudes racistas. 

Morissey

E agora iremos para o Reino Unido pra falar sobre Morrissey. O cantor fez alguns discursos conservadores, que são extremamente sedutores e fáceis, mas jamais esperamos que alguém da nossa mais alta estima vá abraçar ideais tão repugnantes.

É o caso de Steven Patrick Morrissey, o inesquecível vocalista dos Smiths que, enquanto Cazuza cantava os versos de ‘Ideologia’ no Brasil, Morrissey cuspia no conservadorismo branco, na Monarquia e na desprezível Margaret Thatcher, por meio de suas canções provocadoras.

Trinta anos depois é este mesmo Morrissey que debocha de imigrantes, os estereotipando publicamente, defendendo que Hitler era uma figura da esquerda alemã e tratando o racismo como assunto de menor importância. Características bastante fascistas para um artista que em outros tempos tinha uma atitude transgressora. 

David Bowie

É o seguinte, gente, pra finalizar esse episódio, falaremos de David Bowie. Um entusiasta de fascistas?

Foi após ter lido a biografia de Iggy Pop, Open up and bleed, de Paul Trynka, conhecemos a face, até então desconhecida do grande público, de Bowie. Compartilhamos com vocês alguns trechos da obra pra que entendam essas questões. Um dos fragmentos diz o seguinte:

A enorme provisão de livros de Bowie foi revistada, e alguns deles teriam sido confiscados devido ao duvidoso conteúdo sobre o Terceiro Reich. No entanto, de acordo com outras recordações, a desavença com a KGB.  Lá, enfrentaram uma pesada ofensiva da mídia quanto a supostas afinidades de Bowie com o fascismo, desencadeada por seu comentário a um repórter de Estocolmo a quem afirmou que a Grã-Bretanha “poderia se beneficiar de um líder fascista”. 

 

FONTES:
Phil Anselmo: https://www.igormiranda.com.br/2019/03/shows-phil-anselmo-nova-zelandia-cancelados-nazista.html 
Tom Araya:
https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2018/10/30/tom-araya-critica-liberais-e-cria-mal-estar-com-fas-e-colegas-do-slayer.htm
Morrissey: https://grupoquinquilharia.com.br/site/morrissey-conservadorismo-for-britain/
Johnny Ramone: https://www.vice.com/pt_br/article/68g3y4/marky-ramone-o-
ultimo-ramone-vivo
E
https://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/03/02/autobiografia-do-guitarrista-johnny-ramone-revela-um-punk-conservador-que-colocava-o-beisebol-acima-do-rock.htm
David Bowie: O livro: Open up and Bleed, de Paul Trynka – A vida e a música
de Iggy Pop.

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