O conexão nova cena dessa semana esta quente, pois quando a banda australiana Airbourne explodiu com seu álbum de estréia ‘Running Wild’, a primeira coisa que veio à mente foi: “Eis os sucessores do AC/DC!” devido à semelhança incrível do seu som com o dos seus veteranos conterrâneos. Somando a qualidade indiscutível do debut com a escassez de bandas de rock pesado na terra dos cangurus, logo as comparações foram inevitáveis e o Airbourne conseguiu uma boa projeção internacional.
No ano seguinte a expectativa era: “Será que a banda manteria a postura de ‘imitar’ seus mestres ou se arriscaria com algo diferente?” Para alegria (ou não) dos fãs do AC/DC, “No Guts. No Glory.” está mais para um AC/DC rejuvenescido do que para o segundo álbum de uma banda promissora que com certeza tem muito a oferecer. Sim, por incrível que pareça esse novo álbum tem muito mais de AC/DC do que o seu antecessor.
Musicalmente falando, o vocal de Joel O’Keeffe continua sendo o grande diferencial da banda, uma vez que não tenta imitar nem Bon Scott nem Bryan Johnson, apresentando um estilo próprio de cantar, agressivo e ao mesmo tempo com a melodia necessária para acompanhar os riffs ácidos e marcantes à la irmãos Young. Instrumentalmente é AC/DC puro, desde o ritmo das guitarras, os solos como os de Angus, a batida de bateria característica e, claro, aquela pegada bem Rock ‘n Roll.
Além dos refrões marcantes, todas tocadas como manda o figurino: de forma simples e direta, fazendo com que todas as faixas parecem uma só, característica marcante dos álbuns dos seus mestres.
Ouvindo o álbum, é impossível algum fã de AC/DC não se contagiar com a vibração dos caras (a não ser que seja um fã muito conservador, daqueles que pensam que AC/DC é AC/DC, o resto é cópia. De fato as semelhanças são incríveis, até pelo fato do Airbourne ter começado a tocar como cover do AC/DC, mas não dá para negar a qualidade deles em fazer um rock ‘n’roll com pegada, coisa difícil de ver em bandas mais novas do estilo. Muito mais do que recomendado para fãs do AC/DC, “No Guts. No Glory.” merecem ao menos uma audição de qualquer amante do bom e velho rock’n’roll.
Fonte: http://whiplash.net/materias/